segunda-feira, maio 11, 2009

O SÓCIO, de John Grisham

Em O SÓCIO, John Grisham mostra ao leitor, em poucos passos, como funcionam as engrenagens no mundo dos ladrões de colarinho-branco. Como roubar e ser bem-sucedido tendo como ferramentas apenas um pouco de coragem e muita astúcia.

Danilo Silva foi vigiado dia e noite durante meses antes de ser seqüestrado. Morava sozinho, levava uma vida pacata, de hábitos simples, em uma modesta casa na cidade de Ponta Porã, no Brasil. Cidadão acima de qualquer suspeita, ainda assim o seqüestraram e o arrastaram para um cativeiro no Paraguai, torturando-o quase até a morte.

Mas Danilo tinha um passado de várias identidades. Danilo Silva na verdade era Patrick Lanigan, um brilhante advogado americano que dera um golpe de mestre em sua ex-firma de advocacia, desviando 90 milhões de dólares de um cliente para o seu próprio bolso. Como o conseguira?

Perseguido pelo FBI e pelo cliente, rivais numa caçada que alia agentes americanos e brasileiros, Patrick acaba sendo encontrado, e é aí que têm início os seus problemas ou seriam os dos seus captores? É o que John Grisham nos dirá, mais uma vez no seu estilo direto e sem floreios.

Livro: O SÓCIO
Autor: JOHN GRISHAM
Editora: Rocco
1ª Edição (1997)
Páginas: 416
ISBN: 9788532507693


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre O SÓCIO:

Gisele Letras: Grande momento do mestre dos thrillers de tribunal, John Grisham. Para nós, brasileiros, o livro tem um tempero a mais, pois parte da trama se passa aqui e Grisham descreve o Brasil com conhecimento de causa e bastante familiaridade, já que ele costuma (ou costumava) visitar o país com freqüência. Só impliquei um pouco com o nome da protagonista brasileira: Eva Miranda. Não que ele seja absurdo ou artificial, mas é que me pareceu um contraste com toda a descrição fiel que ele fez do Brasil. A impressão é a de que o escritor teve preguiça de pesquisar um nome feminino mais elaborado. Para mim, ele se inspirou em Carmen Miranda, conhecidíssima nos Estados Unidos, para criar o sobrenome e escolheu o primeiro nome, Eva, por ser bíblico, e poder, a priori, ser usado em qualquer país ocidental.

Léo Bloom: Autor de thrillers melhores, John Grisham não decepciona em O sócio, mas também não empolga muito. É um livro que se lê numa boa, inclusive quando ele descreve com detalhes o interiorzão do Brasil, como a cidade de Ponta Porã. É claro que ele esteve por lá. O começo, apesar de violento, com a tortura a Patrick Lanigan, prende a atenção, não chega a ser repugnante e o final é surpreendente. Mas ainda prefiro A firma e A confraria.

H. Ester: O sócio é o tipo de livro em que a gente esquece um pouco a ética nossa de cada dia e chega a achar bacana e interessante um plano de fuga absolutamente abominável, em que o protagonista Patrick Lanigan dá um golpe, simula a própria morte, larga a família e se refugia numa cidade pequena, distante e escondida no mapa. Mas com o avançar das páginas, as motivações de Lanigan vão ficando mais claras e a trama, no começo aparentemente simples, se torna complexa e eletrizante, além de emocionante. Muitos autores de thrillers, principalmente desses thrillers que se aproveitaram do filão de O Código da Vinci, e têm andado em moda, deveriam ler mais os livros de John Grisham, um escritor que domina a técnica de construir uma boa trama de suspense. É um autor que aprecio muito desde que li A firma.

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