segunda-feira, março 02, 2009

HORA ZERO, de Joseph Finder

Em HORA ZERO, Joseph Finder expõe a vulnerabilidade da rede de computadores mundial frente a possíveis planos terroristas, e adverte para a fatalidade: o colapso na economia global.

Quando um telefonema é interceptado pelos satélites espiões da Agência Nacional de Segurança no céu da Suiça, a agente especial do FBI Sarah Cahill, mãe de um menino de oito anos, é convocada urgentemente para Nova York para conduzir uma investigação que se transforma imediatamente em perseguição desesperada a um brilhante terrorista mercenário, altamente sofisticado e carismático — o Príncipe das Trevas —, que fugiu da prisão de segurança máxima Pollsmoor, na África do Sul. Sarah inicia uma caçada intensa e absolutamente secreta a um homem excepcionalmente perigoso cuja identidade ela não conhece — muito embora ele a conheça intimamente.

De uma hora para outra, Sarah e o filho mergulham em um apavorante labirinto de intrigas, um jogo de gato e rato que põe em perigo suas vidas, forçando Sarah a correr para descobrir uma conspiração terrorista... antes do momento crítico e decisivo, a hora zero.

Valendo-se de entrevistas com agentes da CIA, FBI e até terroristas, Joseph Finder constrói um enredo com impressionante número de informações técnicas, como estratégias de comunicação via satélite, mecanismos de montagem e detonação de bombas, falsificação de documentos e o uso de sistemas de ponta na identificação de impressões digitais.

Livro: HORA ZERO
Autor: JOSEPH FINDER
Editora: Rocco
1ª Edição (1999)
Páginas: 476
ISBN: 9788532509437


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre HORA ZERO:

Mrs. "M": Nessa época em que deu a louca no mercado financeiro e a economia mundial se encontra de pernas pro ar, falar de um thriller como Hora Zero é bem oportuno. Não é o melhor livro de Joseph Finder, mas é muito bom e prende mesmo a atenção. Mais uma vez o grande personagem é o antagonista, Baumann. A agente Sarah Cahill é interessante, mas é uma figura meio esquemática, como muitas outras heroínas de thrillers. E é ela a responsável pelo grande "mico" do livro: como uma agente experiente do FBI se deixa enganar com tanta facilidade por um homem daquela maneira?

London Hilton: Depos que li Hora Zero me bateu uma dúvida: será que o atual colapso financeiro tem a ver com algum atentado contra a Network? Será que algum especulador espertinho leu o thriller de Joseph Finder e decidiu dar uma de Baumann? O livro corre num ritmo acelerado, mas o leitor não se perde em nenhum momento. A história é bem verossímil e até os lances absurdos se tornam factíveis. Muito comédia a cena em que Sarah Cahill flagra o presidente do Manhattan Bank, Warren Elkind numa sessão sadomasoquista e ele, com a cabeça encapuzada, pergunta a ela: "Sim, Soberana?" Tudo narrado com muita classe, mas não deu pra não rir.

Léo Bloom: Hora Zero é fenomenal. Aliás, não conheço um thriller de Joseph Finder que não seja. O cara tem o dom da agilidade, mas sem deixar escapar nada. Ele distribui as informações necessárias muito bem ao longo da narrativa e o leitor não se perde. A trama tem duas estrelas: Baumann e Malcom Dyson, o vingativo milionário americano preso a uma cadeira de rodas que o contrata. A fuga de Baumann da prisão na África do Sul, logo nas primeiras páginas, é sensacional e já dá a idéia de como será o resto da história. As cenas em que Dyson aparece são marcantes. E ainda tem o homem que Dyson quer destruir, o banqueiro Warren Elkind, fissurado em rituais sadomasoquistas com dominadoras profissionais, um elemento inusitado que torna a história ainda mais humana e crível.

Macabéio: Gosto dos livros de Joseph Finder, mas este, especialmente, não me agradou muito. Toda a ação de Hora Zero é bastante previsível, os protagonistas, a começar por Sarah Cahill, não têm brilho, não encantam o leitor. O lado dos antagonistas também não ajuda muito. Todas as ações de Baumann são inverossímeis, não convencem
. A forma como ele mata as pessoas, torcendo o pescoço delas é meio repugnante e chega uma hora que cansa. As mortes não têm emoção, a investigação não tem emoção. Nem a perseguição final tem muita emoção. Baumann realmente pensava que iria escapar? Faltou densidade à trama e alguns dos personagens do núcleo de Cahill poderiam ser eliminados sem problemas. Além disso a questão principal do livro — a ameaça de colapso da Network —, não tem apelo dramático o bastante para mobilizar os leitores contra as vilanias de Baumann e Malcom Dyson. A hora é zero e a minha nota para o livro também é.

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