domingo, outubro 12, 2008

ROSAS PARA LEMBRAR, de Phillip Margolin

Complexo e brilhantemente executado, ROSAS PARA LEMBRAR é um livro que, uma vez começado, seduz o leitor até o fim.

As esposas de proeminentes homens de negócios desaparecem sem deixar vestígios, a não ser uma rosa negra acompanhada de uma simples mensagem: "desaparecida, mas não esquecida". Dez anos antes, em Hunter's Point, Nova York, houve uma série idêntica de desaparecimentos - mas o assassino foi pego, o caso foi encerrado e a força-tarefa especial designada para prender o "assassino das rosas" foi desfeita.

Nancy Gordon, detetive da Delegacia de Homicídios do Departamento de Hunter's Point e membro original da força-tarefa, não consegue dormir uma noite inteira desde que os desaparecimentos começaram, perseguida por pesadelos com um assassino sádico que, ela jura, ainda está à solta. Determinada, procura Alan Page, promotor público de Portland, para lhe contar uma história que ele logo esquecerá.

Betsy Tannenbaum, também moradora de Portland e nacionalmente reconhecida como advogada de defesa feminista, é contratada pelo multimilionário Martin Darius, sem qualquer razão aparente. Do outro lado do país, em Washington D.C., o presidente dos Estados Unidos acaba de escolher o senador Raymond Colby para o cargo de presidente do Supremo Tribunal. Em uma reunião particular, Colby garante ao presidente que não está envolvido com nenhuma espécie de crime.

Livro: ROSAS PARA LEMBRAR
Autor: PHILLIP MARGOLIN
Editora: Rocco
1ª Edição (1995)
Páginas: 340
ISBN: 9788532505040


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre ROSAS PARA LEMBRAR:

W@L: Simplesmente brilhante. Um dos melhores thrillers jurídicos que li em toda a minha vida. Phillip Margolin estava iluminado quando teve a idéia para este Rosas para lembrar. A composição do personagem Martin Darius foi primorosa. A descrição de suas atitudes, sua ambivalência, sua frieza transbordante e magnética, tudo faz dele a grande estrela desse romance, mesmo com toda a sua sede de maldade e seu calculismo.

Macabéio: Um livro mediano e bastante confuso. Foi o que achei de Rosas para lembrar. O núcleo do senador Colby, em Washington era totalmente dispensável. Não faria a menor falta excluí-lo do livro e a trama ainda ganharia em agilidade. Por outro lado, Nancy Gordon podia ter sido mais bem explorada. Ela aparece no livro menos do que se espera. Betsy Tannenbaum está bem construída, mas a arapuca em que ela se mete faz com que o leitor se decepcione com a sua reação tímida aos acontecimentos e ela acaba parecendo menos inteligente e sagaz do que talvez fosse a intenção de Margolin. Nota 6.

Agente 1986: Rosas para lembrar é um thriller diferente, estruturado de forma pouco usual e isso talvez assuste alguns leitores. Há um excesso de núcleos. Durante mais da metade do livro os trechos passados em Washington parecem totalmente fora de sintonia com o restante da trama. As cenas transcorridas no passado acontecem de repente e podem confundir muita gente. Ainda assim, é um livro mais positivo do que negativo. A presença de Martin Darius e as cenas antológicas que ele protagoniza já valem a leitura.

London Hilton: Phillip Margolin provou neste livro ser o mestre que é. Ele enrola o leitor direitinho numa trama aparentemente banal, mas que se revela complexa e onde nada é o que parece. O final é meio forçado, mas eu gostei da reação da vítima que jura vingança ao monstro que aterrorizou Hunter's Point. Foi imprevisível o desenrolar da trama. Também o conflito familiar de Betsy Tannenbaum, a inveja que o ex-marido tem do seu sucesso profissional, a ponto de ter pedido o divórcio, tudo isso contribui para dar ao romance uma atmosfera de realismo, já que reflete o que acontece em muitas famílias.

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