segunda-feira, setembro 29, 2008

O LADRÃO DE ARTE, de Noah Charney

Noah Charney, uma das maiores autoridades do mundo em crimes contra a arte, constrói em O LADRÃO DE ARTE uma trama na qual três roubos são investigados simultaneamente em três cidades. Mas esses fatos isolados têm mais em comum do que se pode imaginar.

Em Roma, a polícia destaca o investigador de arte Gabriel Coffin para localizar uma obra de Caravaggio roubada de uma igreja. Em Paris, a curadora Geneviève Delacloche é surpreendida com o desaparecimento de uma famosa obra do russo Kasimir Malevitch e tem a colaboração do inspetor de polícia Jean-Jacques Bizot, que segue uma trilha de pistas bizarras que leva a uma desnorteante conspiração. Em Londres, Harry Wickedenden, da Scotland Yard, supervisiona as estratégias da equipe da National Gallery of Modern Art para reaver o resgate pago por uma pintura roubada. A recuperação do quadro o leva a se aprofundar em um mistério ainda maior.

Uma seqüência desconcertante de falsificações, pinturas dissimuladas com engenhosidade e traições desdobra-se à medida que a história avança em salas de leilões, museus, galerias européias exlusivas - e lugares secretos onde pinturas de valor incalculável tornam-se disponíveis a colecionadores que não se deterão diante de nada para satisfazer seus desejos.

Livro: O LADRÃO DE ARTE
Autor: NOAH CHARNEY
Editora: Intrínseca
1ª Edição (2008)
Páginas: 320
ISBN: 9788598078311


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre O LADRÃO DE ARTE:

Beta Langdon: Achei esse livro chato (muito chato!!!) e pedante (muito pedante!!!). A gente percebe de cara que é o primeiro livro de um autor pretensioso e cru. Noah Charney pode ser "a maior autoridade do mundo em crimes contra a arte", como afima o marketing dele, mas não é um bom escritor de romances e muito menos de thrillers.

H. Ester: Foi duro chegar ao final desse livro. Totalmente amadorístico e sem tempero. Os personagens são mal construídos e o leitor fica sem ter por quem torcer. Há algumas tentativas, todas fracassadas, de humor, que ainda pioram a situação. A trama, com excesso de núcleos, é confusa e em alguns momentos, fica a impressão de que o autor estava mais preocupado em falar dos bastidores do mundo da arte, de como os ladrões e falsários atuam e, principalmente, mostrar o seu imenso conhecimento sobre o assunto, do que em criar uma história envolvente.

Léo Bloom: A trama de O ladrão de arte começa muito bem, em Roma, mas vai perdendo fôlego, até que, no meio, já não tem a menor graça. Fizeram muita espuma para pouco sabão na época do lançamento, mas o resultado foi decepcionante. Mas, pelo menos, o livro serve para esclarecer alguns detalhes sobre o mundo dos ladrões de arte. Embora uma obra de não-ficção funcionasse bem melhor nesse caso.

Bentinha Escobar: Um livro bem escrito, interessante, revelador, mas que não é nem um centésimo do que a imprensa andou dizendo por aí. Me senti enganada pela mídia. A dupla de detetives franceses é ridícula, nenhum personagem tem um pingo de carisma e o Gabriel Coffin, que o autor pretendia que fosse uma das estrelas da história, é completamente patético. Mas as duas coisas mais irritantes nesse livro são os diálogos em língua estrangeira (quem não fala francês ou italiano se ferra) e os monólogos intermináveis de alguns personagens quando conversam ao telefone, sem que se ouça (leia) a voz do interlocutor. A intenção de Noah Charney talvez tenha sido a de inovar, mas tudo o que ele conseguiu foi piorar um livro já suficientemente decepcionante. Foi pena, porque o tema prometia e nas mãos de um Ken Follett da vida daria uma grande história.

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Nota de Flavia Andrade: O ladrão de arte foi lançado também em Portugal, pela Civilização Editora, que, num bem bolado lance de marketing, criou um hotsite muito bonito para o livro. Como a Editora Intrínseca não fez o mesmo por aqui e o site é em português, os leitores brasileiros também podem usufruir dele e usá-lo para ter uma idéia do livro antes de comprá-lo. É só clicar AQUI