segunda-feira, abril 06, 2009

O TERCEIRO SEGREDO, de Steve Berry

Steve Berry escreveu um livro empolgante, em que o futuro e a história da Igreja Católica estão em jogo.

Fátima, Portugal, 1917: A Virgem Maria aparece para três crianças camponesas, confiando-lhes três segredos. Dois são imediatamente tornados públicos. O terceiro fica lacrado nos arquivos secretos do Vaticano e só é divulgado no ano 2000. O conteúdo enigmático do manuscrito deixa fiéis de todo o mundo questionando se a Igreja revelou todas as palavras de Nossa Senhora ou se trechos da mensagem teriam sido deixados nas sombras do Vaticano.

Cidade do Vaticano, dias de hoje: padre Colin Michener, novo secretário papal, está apreensivo. Nas últimas noites, o papa Clemente XV tem-se isolado na Riserva do Vaticano, que, separada do mundo por sólidas barras de ferro, guarda, arquivados em seu interior, documentos confidenciais, como a confissão de Galileu Galilei, o Tratado de Tolentino e o terceiro segredo de Fátima.

Quando Clemente XV ordena que o padre Michener siga para a Romênia e para um local sagrado na Bósnia, em busca de um velho pároco - possivelmente a última pessoa no mundo que conhece a mensagem de Maria -, uma série de acontecimentos ameaça desestabilizar a Igreja Católica.

Livro: O TERCEIRO SEGREDO
Autor: STEVE BERRY
Editora: Record
1ª Edição (2005)
Páginas: 462
ISBN: 9788501074027


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre O TERCEIRO SEGREDO:

Beta Langdon: O livro não é exatamente ruim. É escrito de forma clara, não confunde o leitor, e tem bom ritmo, mas achei a história morna. Faltou emoção. Em nenhum momento, o protagonista, Colin Michener, fica realmente ameaçado, os vilões são meio sem sal e o romance entre Michener e Katerina não convence nem emociona. É forçado, parece que foi posto ali só porque o livro pedia uma personagem para desempenhar determinadas funções e porque Michener precisava de um par romântico para fazer certos questionamentos. O final é ridículo. Não termina o livro. Berry ainda tem que comer muito ovo com bacon para chegar a um Dan Brown, com quem é comparado (aliás, o que tem de autor mediano sendo comparado com Dan Brown por aí, não está no gibi. Será que o Brown não se incomoda não?).

Eça de Assis: O terceiro segredo é excelente leitura, um excelente thriller. Já no prólogo o leitor se depara com uma reconstituição romanceada e emocionante da aparição de Nossa Senhora em Fátima. Ao longo do livro, uma das coisas que saltam aos olhos é a pesquisa que Steve Berry fez sobre a Igreja Católica, o Vaticano, as aparições da Virgem, as previsões como as de São Malaquias, etc. e a trama acaba visivelmente sendo costurada em cima desses detalhes, o que torna o livro incrivelmente real. Colin Michener é um protagonista carismático, o cardeal Valendrea, um vilão na medida certa e o destaque fica para o papa Clemente XV, e suas semelhanças com Bento XVI, começando pelo fato dos dois serem alemães (detalhe: o livro foi escrito quando João Paulo II ainda era o papa).

H. Ester: Comecei a ler O terceiro segredo numa sexta-feira à noite e terminei no domingo à tarde. Menos de dois dias de leitura, em que não consegui largar o livro, que tem mais de 450 páginas. Mais do que a trama em si, o que fascina neste thriller são as revelações que Steve Berry faz sobre as previsões marianas e os bastidores do Vaticano. A trama é surpreendentemente bem ambientada e a pesquisa que Berry fez deve ter sido exaustiva. O resultado é um livro agradável de se ler, crível e que, através de um enredo ficcional, revela aos leitores muitos mistérios da Igreja, inclusive reproduzindo textualmente os três segredos de Fátima. Steve Berry tem mão e tino de ficcionista e seu livro desbanca muitos trabalhos de muitos autores veteranos de thrillers.

Bentinha Escobar: O terceiro segredo não é o melhor nem o pior thriller que já li, mas a leitura valeu as horas gastas. Apesar dos problemas da narrativa, principalmente na relação inconvincente entre Colin Michener e Katerina e no final sem graça, o livro tem momentos muito bons, como o do confronto entre o papa Clemente XV e o cardeal Alberto Valendrea na Riserva do Vaticano e o conclave quando o novo papa é eleito. Os personagens de Michener, Clemente e do cardeal africano Ngovi são os melhores, enquanto Katerina e os padres Ambrosi e Kealy são fracos e robotizados e poderiam ter sido melhor construídos. Valendrea é um antagonista competente, embora sua figura seja nojenta demais (Berry exagerou). Aprendi muita coisa sobre os segredos de Fátima e sobre o funcionamento do Vaticano. Neste ponto o livro faz lembrar Anjos e demônios, de Dan Brown, embora não possua nem um décimo da emoção e do ritmo deste.

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