segunda-feira, abril 27, 2009

O RITUAL DA SOMBRA, de Eric Giacometti e Jacques Ravenne

Envolvido no misterioso universo da maçonaria francesa, O RITUAL DA SOMBRA conta a história de uma investigação sobre dois assassinatos, comandada pelo comissário Antoine Marcas, mestre maçom, e sua parceira, Jade Zewinski.

Em Roma, uma arquivista é morta segundo um ritual que lembra a morte do fundador da franco-maçonaria. Em Jerusalém, um arqueólogo, com uma pedra enigmática em mãos, é assassinado de modo semelhante.

Sessenta anos após a queda do III Reich, os arquivos dos franco-maçons, roubados pelo alemães, parecem ser o motivo do derramamento de sangue. E quem pode estar por trás desta trama é a sociedade Thulé, adversária ancestral da maçonaria.

Obra de ficção escrita por Eric Giacometti, jornalista - não maçom - e Jacques Ravenne - maçom no Rito Francês -, O RITUAL DA SOMBRA nos leva aos bastidores de uma sociedade considerada secreta e traz um espantoso esclarecimento sobre o III Reich.

Livro: O RITUAL DA SOMBRA
Autores: ERIC GIACOMETTI e JACQUES RAVENNE
Editora: Objetiva/Suma de Letras
1ª Edição (2008)
Páginas: 400
ISBN: 9788560280070


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre O RITUAL DA SOMBRA:

H. Ester: Sempre tive uma implicanciazinha com livros escritos em dupla. O ritual da sombra só serviu para aumentar ainda mais essa implicância. O livro começa superbem, primeiro com as cenas na Alemanha no fim da Segunda Guerra e, depois, com os crimes em Israel e na embaixada francesa em Roma. Mas alguma coisa não funciona direito a partir do meio e a trama vai ficando aguada, sem sal e apelativa. Chego a pensar que Eric Giacometti escreveu um pedaço do livro e Jacques Ravenne o outro. Mas fico sem saber qual deles escreveu o começo bom e qual deles resolveu estragar tudo da metade pro final.

Agente 1986: Os milhares de problemas de O ritual da sombra começam com os próprios protagonistas. Antoine Marcas e Jade Zewinski são bisonhos, para dizer o mínimo. Mas pior que eles são os vilões, os membros da ordem Thulé. Porque, às vezes, os mocinhos são chatos, mas os vilões são interessantes e salvam o livro. E em O ritual da sombra nem isso acontece. As soluções dos conflitos que surgem no enredo são amadoras e bobinhas. Os autores parecem não saber como agir em determinadas situações que eles mesmos construíram e decidem resolvê-las da forma mais simplória, para continuar a narrativa. É o caso, por exemplo, da cena entre a "Afegã" (apelido ridículo) e Marie-Anne no quarto do castelo de Chevreuse. A cena foi tão improvável e inverossímil, que deu vontade de largar o livro ali mesmo.

Beta Langdon: O ritual da sombra é um livro que pode ser dividido em dois. Tem uma ótima primeira parte que vai, mais ou menos, até a perseguição a Béchir, em Paris, o que equivale a um pouco mais da metade do livro. E tem uma horrorosa segunda parte que vai daí até o final. Os personagens também podem ser divididos em duas categorias: os sem-graça - incluindo os protagonistas, Antoine Marcas e a "Afegã" Jade Zewinski - e os asquerosos - incluindo Béchir, Marie-Anne e, principalmente, o "jardineiro". O livro chega a ter algum suspense, mas o que se destaca mesmo são algumas cenas macabras, gratuitamente apelativas, que não ajudam em nada a trama e parece que foram colocadas ali para satisfazer as taras de algum leitor sádico. Mesmo assim o livro tem bons momentos como o de Béchir na loja de cogumelos alucinógenos, em Amsterdã, a da festa na embaixada da França, em Roma e a da perseguição a Béchir na noite de Paris.

Eça de Assis: Fiquei meio decepcionado com esse O ritual da sombra. Um thriller que prometia muito, mas que foi perdendo gás, até um final agonizante. Esperava mais de um livro lançado pela coleção Suma policial, com todo o capricho de um projeto gráfico vistoso e um tema interessante. Valeu mais pelas explicações sobre a Maçonaria e as descrições das cerimônias nas lojas maçônicas, do que pela trama, que tem pouco suspense e poucos atrativos. É incrível que um livro como esse tenha sido publicado no seu país de origem e traduzido para outros idiomas, porque é fraco demais para o que se propõe.

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