segunda-feira, março 09, 2009

O ÍCONE, de Gary Van Haas

Ícone, eikón, ónos (grego) / s. 1. Imagem pictórica.2. Imagem religiosa convencional, geralmente pintada sobre pequenos pedaços de madeira, usada para adoração na Igreja Ortodoxa. (Dicionário Webster's).

O ÍCONE é um suspense com muita aventura que se passa nas ilhas gregas nos dias de hoje. Conta a história de Garth Hanson, um jovem pintor americano, a quem é encomendada a cópia de um ícone famoso. A encomenda, na verdade, é uma chantagem, e Hanson cai nas mãos de uma quadrilha internacional. À medida que a trama vai se desenvolvendo, fica claro que esse ícone é muito mais do que um ícone famoso: é a chave para documentos da era cristã que foram perdidos no mar Morto. Esses documentos estiveram na posse dos Cavaleiros Templários no ano de 1099.

A obra está sendo roteirizada para o cinema (Green-light sheet), que terá como atores Pierce Brosnan e Catherine Zeta-Jones e será filmado na Grécia e no Reino Unido, em uma co-produção. O livro, quando publicado em 2000, obteve boa tiragem de venda (600 mil exemplares) por uma editora pequena. Os direitos autorais já foram vendidos para 15 países, que se interessaram após saberem da estréia para o cinema.

Livro: O ÍCONE
Autor: GARY VAN HAAS
Editora: Prumo
1ª Edição (2008)
Páginas: 216
ISBN: 9788561618551


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre O ÍCONE:

W@L: Bom livro. Pouco pretensioso. Competente. Sem muito em comum com a média dos thrillers. O autor tem uma linguagem que flui e sabe contar uma história. A ambientação é caprichada. Pelas descrições de Gary Van Haas, é possível visualizar com muita nitidez a beleza das ilhas gregas, o mar refletindo o brilho do sol, o calor no verão da caótica Atenas... Me senti transportada para lá. A gente sente que existe um mistério por trás do desejo de se obter o tal ícone, que vai além do ícone propriamente dito e isso alimenta o mistério, que acaba servindo de combustível à trama.

Paty Faria: Não me empolgou. A trama é linear e meio previsível. O livro quase não tem suspense, só arranca de verdade lá pela página 175 (o livro tem 214) e mesmo assim sem muito fôlego. O final é sem graça e não causa muito impacto. Talvez se eu tivesse lido o livro na época em que ele foi lançado (em 1999 ou 2000, antes de O código da Vinci e seus descendentes) a minha impressão fosse diferente. Mas a sensação foi de um déja-vu. Sinceramente, esperava mais.

Martina Memory: O ícone é um livro interessante, mas eu poderia passar sem ele. Sinceramente, pelo visual da capa, pelo texto de apresentação e pela empolgação da nossa webmaster, Flavia Andrade (que deve ter sido a primeira pessoa a comprar o livro), esperava mais. Mas não foi uma leitura perdida. Uma das coisas que esse livro mostra é a diferença entre um livro escrito por um homem e um escrito por uma mulher, quando não são muito talentosos. Esse é, claramente, escrito por um homem. Todos os detalhes da trama - das descrições dos carros, à forma como o narrador fala das mulheres - são inegavelmente pontos de vista masculinos. Tudo bem que o livro é narrado na primeira pessoa. Mas senti falta de uma certa delicadeza. Mesmo assim, O ícone tem um clima sutil de suspense que combinado com o charme da ambientação na Grécia, torna a leitura agradável. Tem uma hora, mais para o final da história, em que acontece o clímax e o suspense aumenta. Não sei se leria um outro livro de Gary Van Haas.

Agente 1986: Gostei muito deste O ícone. Foi uma grande idéia a de Gary Van Haas e tenho a impressão que Dan Brown deu uma lida nesse livro antes de escrever O código Da Vinci (para quem não sabe, O ícone, que está sendo lançado só agora no Brasil, saiu nos Estados Unidos em 2000). Isso precisa ser levado em conta. Além disso, o autor tem uma grande qualidade: não enche linguiça. O protagonista, Garth Hanson é o que muitos homens gostariam de ser: malandro, artista, namorador, tem todas as mulheres aos seus pés, viaja e ainda passa por aventuras nas Ilhas Gregas. Lendo o livro, toda hora me dava vontade de largar tudo aqui para o alto e me mudar para Míconos para levar a vida que ele leva, com os bons amigos que tem (Eugene e Dmitri) e as mulheres que encontra (Linda e Maria). Sensacionais as sacadas de Gary Van Haas para a fortaleza do casal gay Bryan e Fredericks, com seus "pupilos" Eric e Jacinto e para a composição do vilão, Meissner. De resto, morri de calor aqui com a descrição do verão grego que parece ser ainda mais forte do que o brasileiro.

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