segunda-feira, setembro 01, 2008

120 HORAS, de Luis Eduardo Matta

Intriga internacional, drama, amor, poder, traição e mistério estão na base deste arrepiante thriller de ação e suspense.

Oriente Médio, 1998. Aurélio Marcondes Amorim, um cientista brasileiro de alto escalão, é friamente assassinado depois de anos trabalhando no obscuro programa nuclear da Síria. Seu desaparecimento é uma etapa fundamental para a consolidação de uma meta: dotar a Síria da bomba de hidrogênio, a mais poderosa e mortífera arma jamais concebida pelo homem.

Na esteira da morte de Aurélio, algumas coisas começam a acontecer. No Rio de Janeiro, seu irmão, Horácio, aflito com o seu súbito silêncio, toma a decisão dramática de deixar o Brasil para localizá-lo a qualquer custo. Auxiliado pelo grande amigo Gabriel Karam, ele se lança numa busca frenética, que trará revelações inquietantes. Em Beirute, Randa Nohra, uma badalada estilista da alta sociedade libanesa, vê sua vida sofrer uma reviravolta, depois que o marido Fauzi, colega de Aurélio no programa nuclear, desaparece sem dar explicações. E quando um helicóptero é seqüestrado e uma carta misteriosa contendo um poema macabro anuncia um monumental ataque radioativo em plena Semana Santa católica, uma sucessão de crimes e acontecimentos perturbadores é deflagrada e tem início uma corrida desesperada contra o tempo, cujas conseqüências são imprevisíveis.

Ambientado em cenários tão diversos quanto o mundo glamouroso da alta-costura e os bastidores do tráfico internacional de armas, 120 HORAS é o relato assustador e quase real de uma conspiração diabólica que arrasta homens e mulheres comuns para um labirinto de situações insólitas e nebulosas. Um surpreendente thriller brasileiro à altura dos melhores já produzidos no gênero, cuja trama ágil e envolvente, de suspense incessante e ação de parar o coração, prenderá a atenção do leitor da primeira à última página.

Livro: 120 HORAS
Autor: LUIS EDUARDO MATTA
Editora: Planeta
1ª Edição (2005)
Páginas: 437
ISBN: 9788576651086


Comentários de alguns dos Ts&Ts sobre 120 HORAS:

Martina Memory: Luiz Eduardo Matta está conseguindo fazer o que outros escritores tentaram e não conseguiram: criar um thriller convincente e de qualidade, com todas as características de um autêntico thriller, mas com uma alma bem brasileira, bem latina. 120 horas não tenta imitar os escritores americanos e ingleses, é um thriller bra-si-lei-ro, originalíssimo. Comparar Matta a escritores como Frederick Forsyth, coisa que andaram fazendo por aí, é besteira, porque eles não têm tanto assim a ver.

Léo Bloom: Descobrir o mundo além do nosso umbigo brasileiro e fora da nossa obsessão com os Estados Unidos, mas sem negar o Brasil. Se o trabalho de Luis Eduardo Matta tem uma proposta, deve ser essa. Misturar brasileiros e pessoas de outros países num enredo de suspense e ação que é nacional e internacional ao mesmo tempo. E mostrar aos leitores coisas que a gente não está acostumado a ver, como o mundo sofisticado da moda num país como o Líbano e os pormenores de como funciona o mercado negro de material nuclear.

W@L: A galeria de personagens é tão rica, que a gente passa a pensar neles como se fossem de verdade. Li esse livro há uns dois anos e até hoje os personagens não saem da minha cabeça. Aurélio, Evelyn, Horácio e Nilza são alguns que mereciam ser mais bem estudados. São contraditórios, humanos, apaixonantes... Apesar da trama tensa de suspense e intrigas, 120 horas é um thriller onde as pessoas são o elemento principal. Só acho que Matta podia ter sido um pouquinho mais econômico nas descrições dos lugares.

London Hilton: A trama é superbem armada e vai captando a atenção aos poucos até que, de repente, o livro dispara num ritmo alucinante. Existe um clima de mistério pesado que vai num crescendo. Os personagens são um deleite. Embora ardilosa e sem escrúpulos, a personagem Evelyn Wakim me deixou fascinada. Ela é uma espécie de Margaret Thatcher árabe, durona, poderosérrima e toda classuda. Lendo os diálogos dela, parecia que eu estava ouvindo a Thatcher falando da Guerra das Malvinas. A história é escrita numa estrutura meio que de novela, com subtramas paralelas. Se fosse um livro americano, já teria virado um bom filme blockbuster.

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Nota de Flavia Andrade: A Evelyn Wakim lembra mesmo a Margaret Thatcher, como a "London Hilton" (pseudônimo da Bia) frisou muito bem. Minha ficha caiu só depois que ela comentou comigo (a Bia, não a Thatcher). Uma Thatcher mais velha e de cabelos e olhos negros. Vários vídeos na internet mostram a "dama de ferro" britânica falando sobre a Guerra das Malvinas. Para fazer uma comparação entre ela e a vilã quase imperial de 120 HORAS, uma sugestão é clicar AQUI